Há de haver paciência no desespero
Há de haver compreensão no inominável
Há de haver virtude na ignomínia
Há que ser todas as coisas
Sendo pó
E do pó erigir nosso obelisco
Nossa pedra angular
À forja das espadas
À guisa das esperas.
Há que se deslindar o último novelo
Puxando pela ponta do falseio
O resquício da palavra que buscamos
E não ousamos pronunciar.
Há que seguir, indivisível:
Sãos e naturais da estrada partida ao meio
Em que se bifurcam, para sempre
O paraíso e a calma
Da plenitude e ventura
E da ventura e plenitude
E do paraíso e da calma
Colher, ao menos
A derradeira planta originária da terra
Pretérita e ignota.
"Observe, filho!
Nas mãos se esconderam, pequenas
As linhas ilegíveis do cosmos:
Somos, agora, o mesmo
Ainda que sejas pai.
Somos, embora os mesmos
Eu e meu único filho."
...
gostei dos versos, parabens
ResponderExcluirse possível, visite meu blog
www.semente-terra.blogspot.com
Fala,Robson!
ResponderExcluirObrigado.
Vou lá. Abraços!