Perguntaram-lhe, certa vez, a ele, que fique claro, não a outro, não a mim, o porquê de tamanho,digamos,sem ser esta, evidentemente, nossa opinião, "egocentrismo" e ele respondeu, extremamente enervado, com razão, qualquer cidadão o ficaria, não entender esta gigantesca infâmia, certamente ventilada por seus inúmeros, incontáveis, odiáveis inimigos, aqueles que, pejados de inveja, ignoram sua admirável missão, ainda hoje conhecida por poucos, privilegiados, estes, entendedores ou que, pelo menos, estão próximos de compreender sua real importância, de inculcar, profundamente, nas mentes dos usuários, desde os mais simples aos mais doutos, em suma, de todos, dos signos, letras e afins, a beleza da sintaxe, da colocação pronominal, das orações coordenadas e subordinadas, dos verbos no infinitivo, do quão temerários são os vícios, estes que, lembra ele, se usados com destras mãos, podem vir a serem engenhosas construções gramaticais, e destas, as “construções”, abstraindo-se as “gramaticais”, as quais conhecemos as proparoxítonas, sublimes, bem como as figuras de linguagem, as silepses, as elipses, os assíndetos, as metáforas, recordando, também, desta vez prescindindo das “figuras” e reutilizando a “linguagem”, suas funções, que, metalinguisticamente falando, pretende aprimorar através da palavra, tanto dita quanto escrita, cada uma há seu tempo, além de várias e várias outras preciosidades de nossa língua, reconhecidamente pouco valorizada, enfim, não obstante tudo isso, têm a petulância de lhe censurarem, em função, talvez, de seu demasiado rigor ou, mais, pelo seu excesso regras, sendo, por estas, inquirido, insistentemente: "Para que tantas, Vírgulas?!"