sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Ponto Final


Passo, hoje, pra me despedir. Frequentei esse espaço por quase cinco anos e, olhando pra trás, vi quanta coisa me aconteceu: tanta coisa marcada no que escrevi. A escrita, pra mim, sempre serviu pra isso. Sempre me vesti das palavras como forma de exprimir o momento, o sentimento. Consigo enxergar, com a agudeza crítica sempre ferina para comigo mesmo, meus incomensuráveis erros, tanto na forma quanto no conteúdo dos textos. Se há alguma qualidade a se ressaltar por aqui, creio que deva ficar a cargo de quem a encontrar, porque eu próprio, e sem falsa modéstia, tenho olho mais apurado para meus erros do que para meus possíveis acertos.

Hoje, sinto que, mais do que antes, tenho muito pouco a dizer. Como aqueles relacionamentos amorosos em que o rompimento se dá inesperadamente, pra que as mágoas inevitáveis que já se vislumbram não se tornem vívidas, encerro as atividades do Bodegário. Não pretendo, por ora, desativar o domínio ou coisa do tipo: no fim das contas, o que já foi escrito e, principalmente, o que foi vivido não pode ser apagado.

Aos que acompanharam por aqui; aos que, de uma forma ou de outra, chegaram a essa Bodega (ou Relicário) e, em especial, àqueles que se identificaram com quaisquer dos escritos, meus agradecimentos mais sinceros.




Aquele abraço!
 

Júlio.

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